quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Liberdade

Citação que dispensa comentário:

"Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir"

George Orwell, em "1984".

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Censo.

A mocinha do Censo veio à minha casa.
Bonita ela.
Minha filha ficou encantada com suas mechas cor de rosa.
Super simpática, já chegou se desculpando.
Devem tratar mal (ou mau?) o pessoal do Censo.
Porque se desculpar?  Só estava fazendo o seu trabalho...

Ela me avisou que eu tinha sido sorteada para a "amostragem".
O que é isso?
É que você vai ter que responder todas as perguntas.
Então vamos lá.

Chamei as crianças e disse: "Sentem aqui no sofá. Nem um pio, a moça está trabalhando. Quando ela sair explico para vocês o que é isso e para que serve".

Demorou hein... Sabe-se lá quantas ela me perguntou.

Depois que ela saiu, pensando bem, me arrependi de algumas respostas.
Eis-las:

Sempre que me perguntam: Você tem filhos? Eu respondo: Tenho.
Sempre.
Meus dois enteados moram comigo, eu os crio, os chamo e os amo como filhos.
Que diferença faz?
Sou eu quem ajuda na escola, eu quem cuido das roupas, eu quem dou duro para que eles tenham uma boa vida, uma educação de qualidade, eu quem os ponho para dormir, estou aqui na hora do choro, do colo e das gargalhadas.
Nunca competi com a mãe deles, que é viva; bem viva. Eles tem a felicidade de ter duas mães.
E pronto.
E quando a moça do Censo - Débora o nome dela - me perguntou o que eles eram meus, eu respondo: "enteados"...
Tá errado.
São meus filhos.
Ponto.

Avançando...
Você se considera: branco, negro, pardo, amarelo ou outros? (Será que foi essa a pergunta? Alguma coisa assim.)
Parece fácil, mas para mim não é.
Num país de miscigenação como o nosso, como responder?
Bom, se eu for considerar só a cor da pele, branco seria a resposta.
Sou quase transparente, sabe aquela estória de "dá até ar", poizé....

Uma vez discutimos por horas, eu a Clá e o Thiago, sobre isso e chegamos a conclusão que deveríamos responder pardo.
O problema é que as horas foram regadas a cerveja, minha memória é péssima e eu não me lembrava mais dos argumentos a fundo. Então, via das dúvidas, respondi branca.
Pela cor da pele mesmo.

E por último: na última semana de julho você teve algum trabalho? Remunerado ou não remunerado?
Resposta: Sim. Um. Remunerado.
Peraí? E o trabalho em casa?
Moramos eu, meu dulcíssimo e meus dois filhos.
Não temos uma secretária do lar.
Nunca.
O que quer dizer que eu: arrumo a casa, varro, passo pano, lavo banheiro, lavo louça; recolho, ponho no molho, lavo, passo e guardo a roupa.

Isso é trabalho!
E trabalho muito duro.
Sei de gente que ganha mais do que eu no meu trabalho - eu, que tenho até curso superior - fazendo este serviço.
E ganham pouco.
Puta trampo!
Tenho que salientar (salientar... ê advocacia) que meu dulcíssimo, faz o almoço e o jantar, e ajuda no que pode.
Minha adolescente preferida também ajuda. No esquema adolescente, quando quer, do jeito que quer, na hora que quer.
Resumindo: tenho dois trabalhos (fora ser mãe, que ser mãe não é trabalho, apesar de dar trabalho, o que é de todo diferente). Trabalho em casa e trabalho a noite, aí remuneradamente.

Volta Débora!
Quero mudar minhas respostas!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Patético.

A campanha presidencial do Serra está patética.
A começar pelo jinjle.
Além de tosco, a uma certa altura, vem a cantoria: "Quando Lula da Silva sair é o Zé que eu quero lá..."
Peralá? Dois nomes do povo, dois homens do povo?
E eu lá tenho cara de otária?

Mas o pior veio depois: o programa mostra Serra e Lula juntos, enquanto um locutor sussurra:
"Serra e Lula, dois homens de história. Dois líderes experientes", enquanto eram mostradas três cenas dos dois juntos.
Pode?
O PSDB e o DEM ficaram 7 anos e meio na oposição, fizeram críticas severas ao governo Lula, denúncias, trancaram pauta, não aprovaram leis e agora querem pegar carona na popularidade do homem?
Absurdo!

E como é que ficam os eleitores do Serra?
Aqueles que acreditavam que com o Serra ia mudar alguma coisa?
Que ele faz oposição ao Lula e ao PT?
Ficam a ver navios, enganados que foram.

É tudo farinha do mesmo saco.

O Príncipe.

Me lembro com riqueza de detalhes da primeira vez que vi o livro "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel.
Devia ter uns oito anos.

Naquela época as livrarias não eram como são hoje, tudo divididinho em setores - pelo menos não no interior.
Nem poderia chamar aquilo de livraria, era um punhado de livros empilhados, e você que se virasse.

O título do livro me interessou, mas a capa não e a mocinha da livraria (era Círculo do Livro) logo me persuadiu, "é livro de adulto, de adulto inteligente." Deixei o livro para lá. Apesar de me achar muuito inteligente aos oito anos; sabia que não era adulta. Minha mãe me lembrava disso a toda hora.

Naquele dia comprei "Romeu e Julieta" e um livro da Agatha Christie, acho que era o "Mistério do Trem Azul", ou algo assim.

Lá pelos catorze anos foi que ouvi o adjetivo "maquiavélico". Foi usado pelo meu pai, numa discussão política (comigo!). E meu pai, do alto dos meus catorze anos, era um adulto muito, muito inteligente. (E é.)

Como nunca concordamos politicamente, meu pai e eu, quando perguntei o que era "maquiavélico", ele me disse: "Não é você a que sabe tudo? Vá ler "O Príncipe".

O livro então se tornou algo fantástico e fantasioso para mim. Pelo que entendi da conversa, "maquiavélico" era alguma coisa monstruosa, feia e cheia de segredos.
E príncipe era príncipe.
Como se diz no interior, não orna.

Comecei a imaginar um príncipe que não era encantado - aos catorze anos acho que os príncipes não são mais encantados - mas "maquiavélicos"? Queria porque queria ler "O Príncipe". E minha mãe comprou!

Você consegue imaginar uma criança lendo Maquiavel? Pois eu li. E não entendi absolutamente nada. Foi uma frustração...

Corri de novo ao meu pai, que me veio com uma conversa de os fins justificarem os meios, um negócio que não entendi muito bem (mas fingi que entendi).

Só fui reler "O Príncipe", na faculdade de Direito e confesso que ainda ficou um gosto amargo e com várias passagens ainda indecifráveis.

Pelo menos sei que os fins nunca justificam os meios e que nem Maquiavel quis dizer exatamente isso.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A internet...

Mal sei utilizar as ferramentas do meu blog, mas continuo insistindo...
Agora; essa internet é coisa de louco!
Abrir e-mail eu sei. (apesar de minha conta ser hotmail e os caras resolverem mudar a MINHA configuração sem consulta prévia e em caráter irrevogável)
E me aparece cada coisa.
Esses dias me mandaram um e-mail de autoria da Marília Gabriela.
No texto ela detonava a Dilma.

Independente de posição ideológica, li o e-mail e cá com meus botões, pensei: "A Marília não faria isso".
Não que seja sua grande fã, mas os ataques eram gratuitos e deselegantes, o texto não tinha estilo, era um apanhado de frases feitas, de ideias que circulam livremente pela web, uma coisa sem pé nem cabeça.
E como eu sou muito chata e sempre procuro a fonte; joguei no google.
Estava lá, "Marília Gabriela desmente a autoria de texto em que ataca Dilma".

Está bem puta a Marília.
E com razão.
Ameaça processar os divulgadores do tal texto.
O problema é que alguns incautos caem na armadilha e repassam, sem pensar, apenas por concordar com o conteúdo, sendo a autoria mais do que incerta.

Que o digam Luis Fernando Veríssimo e Arnaldo Jabor, que são intitulados autores dos textos mais esdrúxulos que circulam pela internet.
Ou o Veríssimo agora escreve auto-ajuda?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Tudo novo de novo

Cheguei muitas vezes a chamar a mim mesmo de guerreira.
Hoje (talvez influenciados por mim), outros também me chamam.
E eis que a Fenix novavente aparece (irá renascer?).
Tudo novo de novo.
Cidade nova, trabalho novo, expectativas enormes e desafios monstruosos a vencer.
Posso?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dei um jeito

Sorry, problemas técnicos estão ocorrendo por aqui e não estou conseguindo escrever (pelo menos dei um jeito no post que tinha palavras em amarelo). Prometendo voltar, até...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Metida a se meter onde não sabe...

Sei lá o que aconteceu, não consigo editar o texto de baixo, sorry, não tenho a mínima idéia do que aconteceu para esses amarelinhos aparecerem e não consigo consertar.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Os Guerreiros.

Começou a Copa do Mundo.
Adoro futebol, se pudesse ficaria aqui, escrevendo e escrevendo sobre futebol, Copa, seleção.
Mas... Só dá para escrever sobre as coisas que urgem. (o sonho de todo blogueiro, no fundo, é que alguém nos pague para escrevermos o que bem quisermos, quando quisermos e como quisermos)
Eu sempre enrolo para chegar ao tema...


Meu, esses comerciais de cerveja estão um saco, para dizer o mínimo.


O da "desce redondo" peca por sua xenofobia.
Deixem os argentinos viverem a vida deles!
Adoro ganhar da Argentina.
Adoro "zoar" argentino.
Aliás, adoro "zoar" O argentino.
Tenho UM amigo em Buenos Aires com quem não falo nunca, só quando envolve futebol e entre os dois países. (Fizemos um trato que ele torce pelo São Paulo no Brasil e eu pelo Racing na Argentina, nossos times de coração).
Claro que isso é motivo para mais gozação.
Racing nunca está numa Libertadores da América, fica brigando para não cair na Argentina. (sim, eu acompanho, trato é trato)
Mas esta estória de uma latinha "falar": "maricon" é muito chata.
E ainda ficar com dó das latinhas... Ridículo.
Vamos fazer piada com outra coisa?


Caracas, como eu enrolo para chegar onde quero.


Agora vai.


Os comerciais da "numero 1" são de uma infelicidade total.
Eles resolveram, sem nos avisar ou consultar, que somos todos guerreiros.
Isso, todos nós: guerreiros.
Não tenho nenhuma propensão para a guerra. Imagino que a maioria dos brasileiros também não tenha.
Aliás, pessoalmente, tenho aversão à guerra.
Não gostei dos filmes publicitários. Não entro na de vocês.
 
Mas o que espero (provavelmente em vão), é que os jogadores e o técnico Zangado (apesar de figurarem nos comercias) também não entrem.
É só um jogo de bola. Um torneio de jogo de bola.
São só homens.
Homens correndo atrás de uma bola.
Só.
 
Queremos ganhar? Claro!
Até o maior crítico do técnico, seu esquema tático, sua escalação, quer que a seleção vença.
Se não der para ganhar jogando bonito (sonho), que ganhemos com esforço, na qualidade do conjunto ou o que quer que seja.
 
Sem guerra e guerreiros. O importante é a bola.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cuidado com as bolinhas de gude!

Alguém teve a infelicidade de ver o jornal nacional hoje?
Quase não assisto TV (não, nada de meio-intelectual-meio-de-esquerda que adora dizer que não vê TV - até me apego numa séria americana, mas para mim a TV é realmente a última opção), mas com as notícias pela internet sobre o ataque israelense à frota humanitária internacional, sentei no computador e deixei a TV ligada, esperando a musiquinha do jornal nacional.
Tô sozinha. Amor viajando e meus filhos com a mãe-bio (digo isso porque senão a TV estaria no Disney Chanel), então quando entrou a musiquinha, fui ver as notícias.
E descobri.
As tropas humanitárias, até então pacifistas, estavam armadas!
Sim meu caro e raro leitor, armadas!
Foram apreendidas bolinhas de gude e estilingues!
É claro que os soldados isralenses tiveram que se defender. Com metralhadoras, ó pá!
Pouco importa se estavam em águas internacionais, se a frota levava alimentos a população da Faixa de Gaza que está a mingua desde o embargo imposto por Israel, se navegavam numa flotilha e foram interceptados por navios e helicópteros militares.
O que são 10 vidas, em nome da soberania nacional? (até agora o número de mortos é esse, amanhã, quem sabe?)
Que ajuda humanitária que nada; eram terroristas. Não se esqueçam, estavam armados! Com bolinhas de gude e estilingues! As 10 toneladas de alimentos que levavam eram só fachada.
Terroristas. Ligados a Al-Quaeda ainda por cima.
Só faltou dizerem que o próprio Osama Bin-Laden estava à borbo e escapou num submarino atômico.

Até quando vamos ouvir as mesmas desculpas do governo de Israel?
Até quando a Rede Globo, sempre com uma engenhosa edição, vai mostrar primeiro a versão do governo de Israel, e depois a (péssima) repercussão internacional do incidente?
Incidente, que incidente que nada, da agressão, do crime.
Até quando os EUA vão menosprezar estas questões?

Triste.
Me solidarizo com o povo palestino da Faixa de Gaza e com povo israelense.
Os dois não mereciam, apesar de seus governos (governo com "g" minúsculo para os palestinos e com "G" maiúsculo para os israelenses, dadas às forças e porpoções).

Me solidarizo também com os 700 humanitários que ousaram.
E com a família das vítimas deste crime horrendo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

E no mesmo tema o filme: Segurança Nacional.

Desculpem-me a chatice.
O post anterior foi muito comentado, não aqui no blog (dá pra ver), mas foi.
É duro para uma blogueira trazer seus comentários para o blog.

E eis que li uma crítica na uol sobre o filme Segurança Nacional.
Não vi o filme, parece que estreou em 7 de maio, mas sinceramente não me interesso por ele.

Porém, na crítica, da agência Reuters, de autoria de Alysson Oliveira (segue o link): http://cinema.uol.com.br/ultnot/reuters/2010/05/06/seguranca-nacional-esbarra-em-ufanismo-ingenuo.jhtm
o crítico afirma que o filme se apoia em clichês e frases de efeitos em muitas da falas do personagem principal.
Não sei se pelo ator, pelo personagem ou pelo enredo em si.

O fato é que o crítico ressalta uma das frases do personagem principal: "O narcotáfico é um câncer na sociedade."

Sem querer me estender muito: o que os pacientes de câncer tem com o narcotráfico?

Câncer na fala do filme tem algo a ver com podridão.
E desde quando um paciente de câncer tem esta característica? Ele tem uma doença.

Meu Deus, onde vamos parar?
Dá um desanimo...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Deixem em paz os pacientes de doenças psiquiátricas.

Aqui e ali, na imprensa de um modo geral - escrita, televisiva, na web - se passou a utilizar termos que, se antes designavam doenças psiquiátricas, agora dão-se ao uso comum, para se qualificar e, principalmente, desqualificar: pessoas, processos, países, o que aprouver.
Antigamente um paciente que sofria de esquizofrenia era chamado de esquizofrênico, mas apenas nos meios médicos e psiquiátricos.
Hoje, por qualquer atitude sem muito nexo ou explicação lógica, vêm-se a adjetivar: esquizofrênico.
Algum destes escribas sabe o que é esquizofrenia? Sabe o que um portador desta doença sofre? Sabe como é seu dia-a-dia? Conhece os preconceitos a que estão sujeitos? O paciente e sua família?
Aposto que não.
Mas virou modismo chamar políticos corruptos e outros tipos mais de esquizofrênicos.

Hoje, dentre as doenças psiquiátricas, a onda é o transtorno bipolar.
Qualquer sujeito que mude de opinião, convenientemente ou não, é classificado como bipolar.

Alguém já escreveu sobre isso. Acho que foi na Veja. Deixa eu procurar.
Achei e, surpresa: Roberto Pompeu de Toledo, Revista Veja, Edição 2036, 28 de novembro de 2007.
Como é que eu pude me lembrar?
O título do artigo, bom e esclarecedor, é "A palavra como reforço à doença - O prejuízo que pode causar o recurso ao vocabulário médico em áreas que não lhe são próprias."
Segue o link: http://veja.abril.com.br/281107/pompeu.shtml

Pois é, estou citando Roberto Pompeu de Toledo.
Problema algum. Há muito não acredito no bem e no mal, no "preto no branco". Existe toda uma graduação de cinzas.
Não concordar com a maioria das opiniões do colunista citado e do veículo para qual escreve, não quer dizer que os dois não tenham algo a acrescentar.
Explicações à parte, volto ao tema.

No artigo citado, percebe-se que Roberto Pompeu de Toledo - cujo texto tendo a transcrever, mas que vale muito mais ser lido no original; decidindo-me então a recomendar a leitura - estudou bem o assunto.
Já eu, que não sou jornalista, escrevo movida pelo ímpeto e pela indignação.
Sou uma leitora contumaz, sem um bom livro para ler, releio os clássicos. Não os menosprezando, serve também bula de remédio ou rótulo de xampu.
Pois bem, caiu-me nas mãos o livro "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil", de Leandro Narloch, Editora LeiYa.
Nome pretensioso para um livro que anota fatos que qualquer pessoa de cultura mediana está cansada de saber, além de algumas especulações.
Chega de fazer propaganda do livro, ainda que negativa.

O fato é que o autor se utiliza de uma doença psiquiátrica - o transtorno bipolar - para desqualificar de tudo um pouco.
Principalmente o Brasil.
Atenção: nada de patriotada. Não estou aqui para defender país nenhum, tampouco sua "história", o que busco apenas é deixar bem claro que transtorno bipolar não é um adjetivo, é uma doença.
Imagino que o autor pensou estar usando uma metáfora.
Porém doenças não são metáforas válidas, atigem pessoas de verdade, que sofrem e muito com seus sintomas e tudo que vem junto a eles - empregabilidade, por exemplo.
Há o sofrimento psíquico, o físico, há o preconceito.
Ao desqualificar qualquer coisa com uma suposta metáfora em forma de doença psiquiátrica, o autor - ou melhor, os autores, o citado especificamente não é o único - desqualifica também o paciente.
Sem ao menos ter noção do que pode causar ao mesmo.
Não se trata de ser "politicamente correto", mas de respeito ao outro.

Voltando ao livro, apesar de ter topado com o transtorno bipolar sendo usado como adjetivo algumas vezes, mesmo indignada, continuei a leitura (pura falta do que fazer).
Até a página 144.
Nela, o autor escreve (sobre uma época da "história" da "nossa nação"): "O transtorno bipolar chegou ao pico de euforia."
E eu, ao pico da minha paciência.
Dá licença...