quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Peripécias de uma crente.

Ela estava no banho e ouviu passos no quintal, em direção a sua casa.
Comentou o fato com a filha no mesmo instante que a cachorra - uma boxer de poucos amigos - começou a latir.
Aí, o som foi de corrida desembalada.
Tinha alguém no quintal.
Não teve nenhuma dúvida, vestiu seu roupão e saiu para averiguar.
Ao chegar no cercadinho do coelho, deparou-se com a cachorra histérica e um homem.
O homem se protegia da cachorra com uma telha de zinco que fora a cobertura do cercadinho do coelho. Bunda encostada no muro.
Ela então perguntou:
- Moço, o que você está fazendo aqui?
Ele repondeu de pronto e com educação:
- Senhora, estou escondido, escute o barulho na rua, estão atrás de mim, querem me matar.
Realmente havia um barulho de carros acelerando na rua.
E ela acreditou.
O homem ainda deu um conselho:
- Senhora, vá para casa, entre, mas leve a cachorra. Assim que as coisas se alcamarem, eu pulo o muro e vou embora.
E assim ela fez.
A filha, dentro de casa, chorava nervosa e pedia à mãe que chamasse a polícia.
Ela achou uma boa ideia, mas nada como debater com todos os interessados para se chegar a uma conclusão justa.
Ainda de roupão, atravessou o quintal - sem a cachorra - foi até o homem e perguntou:
- Moço, você quer que eu chame a polícia?
O serelepe (adoro esta palavra) respondeu:
- Não senhora, vai ser pior, não chame a polícia, por favor, eu já vou embora.
E ela entrou em casa.
Mas resolveu chamar a polícia.
Depois de explicar detalhes que incluam o topete do sujeito para a emergência, o que custou-lhe vários minutos, disseram que iam mandar uma viatura.
Nisso um vizinho gritou pelo muro:
- Tem um homem no seu quintal, chame a polícia.
De óbvio o rapaz no quintal ouviu, pulou o muro e escafedeu-se.
Saindo para rua, ela descobriu que os carros que estavam acelerando eram vizinhos seus, que estavam procurando um ladrão que lhes roubara.
E imaginem! O pobre moço do quintal e o ladrão tinham o mesmo topete!
A Polícia demorou 30 minutos para chegar e claro, nem foi atrás do sujeito.
Troca de plantão, muitas ocorrências...
Para fechar a estória ela recebeu um pedido de seu filho (que não estava em casa quando dos fatos):
- Mãe, dá próxima vez, oferece um café, seu café é ótimo, ele iria adorar.

Ps: esta não é uma obra de ficção. Quaisquer semelhanças com fatos reais é a mais pura verdade.
E corto a minha garganta, mas não conto com qual loira a estória se passou.
Beijos Noemi.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ô falta do que fazer...

Sabe-se lá quando ou como, apropriei-me de um joguete.
Tenho um lado espírito de porco.
O usava ( o joquete, não o lado espírito de porco) dando-lhe o nome de "enigma".
Faço minhas escusas.
Estava numa fase abstêmia e precisava de algo para me divertir.
Como também tenho meu lado altruísta, divido a brincadeira.
Já vou avisando que na maioria das vezes em que a discussão se tornou interessante, os presentes estavam num certo grau alcoólico.
É o seguinte: na frase (na verdade um trecho de uma letra de música):
"Genésio a mulher do vizinho sustenta aquele vagabundo"; o vagabundo é o Genésio ou o vizinho?
Ponham suas vírgulas.
Bobinho; mas diversão garantida.
Cartas à redação.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eu me redimo.

Bemvindo Ricardo Gomes!
É, tá um pouco atrasado (bem atrasado, o cara já foi contratado há meses).
Mas, depois de 3 anos sob o comando de Muricy e 3 Títulos Nacionais, a saída do treinador foi dramática para mim.
Com direito a reações extremadas, como afirmar categoricamente que não gostava de futebol, coisa que só faço quando o São Paulo perde a Libertadores.
Pois bem, explicada a demora: O Rei está morto, Viva o novo Rei. (sempre exagerada).

Ricardo Gomes foi um baita zagueiro.
E tem se mostrado um baita treinador.
Acertou um grupo que vivia uma situação difícil e as vitórias voltaram, o bom futebol também.
E ultimamente, virou uma espécie de Midas.
A cada substituição que faz, o Dito que entra vai lá e faz o gol.
Assisti o cara ontem no Bem, Amigos.
Inteligente, versátil, humilde.
Gostei.
Porém, o mais importante: O Campeão voltou!
Segura, que o Tricolor não está chegando, já chegou.

O duro é que eu fico puta quando vejo o Muricy com o uniforme do Palmeiras, não dá para se conformar, quanto mais se acostumar.

Torcedor é torcedor...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sonho.

Tenho muitos e caros amigos.
Devô-los uma atenção que não consigo dar.

Meu querido amigo Babel, mandou-me fotos e vídeos antigos que me fizeram chorar de saudades.

E neles estava, além de todos os queridos, o Fernando.

Fernando se foi, do seu jeito, discreto, deixando muita saudade.

Na época que recebi as fotos, escrevi um post sobre ele. Por achar confessional demais, não publiquei.

Mas eis que surge de novo o Babel, descrevendo um sonho que teve.

Aí não deu para segurar. A escrita pede.

Meu caro amigo Babel, sonhou. Sonhou comigo, Fernando, Toninho e Bira juntos.

Como eu queria sonhar com isso...

Como queria que esse encontro fosse possível.

Mas, embarcando em seu sonho Babel, éramos realmente um quarteto fantástico. Pelo que vivíamos, pensávamos e espalhávamos por aí. E pela diversão. E pelo amor.

Que bom que em seu sonho estávamos juntos.

Com você e nossa Rê (Juju devia estar dormindo).

Que Bira e Toninho fossem atrás de um "um rabo de saia" (rsrsr): mais real; impossível.

Como você diz: estávamos felizes.

Eu e Fernando entramos em sua casa.


Essa imagem me agrada muito.


Depois de tanto tempo, além das lembranças que tenho, essa imagem, apesar de alheia, tomo para mim e vou guardar. Era a que faltava.

Fernando está comigo, na sua casa e da Rê, todos felizes, como num dia de parada.

O tempo, meu caro Babel, não nos deixa sentimentais, apenas nos trás o que não podemos nem devemos esconder.

Seu sonho faz todo sentido.
Em especial para mim.

Que estejamos sempre juntos e felizes, apesar de qualquer ou infinita distância.


Muito grata pelos momentos que me proporcionou, este post é para o Babel, que sonha.

E para o Fernando, que se alojou em meu coração, por tanto tempo e tanto e tão forte, que nada poderá demover.

Queria só que meu Amor e meus filhos o tivessem conhecido...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Frases.

Vi um dia destes num site na internet uma chamada para uma matéria sobre frases importantes no cinema.
Confesso que não li a matéria, mais guardei o assunto numa gavetinha.
Ontem, vi passando pela rua, num carro muito do bonito, uma figura da minha infância.
Peraí que eu já faço o link entre um assunto e outro.
Voltando às frases, adoro as nacionais "Dadinho é o caralho, meu nome agora é Zé Pequeno, porra!", de Cidade de Deus, que é fantástica e não menos impactante que "Pede pra sair!" de Tropa de Elite.
O link com a figura da minha infância é a internacional e muito mais famosa "My name is Bond. James Bond."
Pois a figura era um moleque, franzino, de uns 8 anos de idade, aficcionado pelo 007.
Tinha uma réplica dos óculos do agente que não tirava do rosto.
E nos presenteava com a hilariante cena:
Com os óculos na cara e a devida pose, os levantava e dizia: "Meu nome é No. Bru-no."

Hasta la vista, baby.