segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Patético.

A campanha presidencial do Serra está patética.
A começar pelo jinjle.
Além de tosco, a uma certa altura, vem a cantoria: "Quando Lula da Silva sair é o Zé que eu quero lá..."
Peralá? Dois nomes do povo, dois homens do povo?
E eu lá tenho cara de otária?

Mas o pior veio depois: o programa mostra Serra e Lula juntos, enquanto um locutor sussurra:
"Serra e Lula, dois homens de história. Dois líderes experientes", enquanto eram mostradas três cenas dos dois juntos.
Pode?
O PSDB e o DEM ficaram 7 anos e meio na oposição, fizeram críticas severas ao governo Lula, denúncias, trancaram pauta, não aprovaram leis e agora querem pegar carona na popularidade do homem?
Absurdo!

E como é que ficam os eleitores do Serra?
Aqueles que acreditavam que com o Serra ia mudar alguma coisa?
Que ele faz oposição ao Lula e ao PT?
Ficam a ver navios, enganados que foram.

É tudo farinha do mesmo saco.

O Príncipe.

Me lembro com riqueza de detalhes da primeira vez que vi o livro "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel.
Devia ter uns oito anos.

Naquela época as livrarias não eram como são hoje, tudo divididinho em setores - pelo menos não no interior.
Nem poderia chamar aquilo de livraria, era um punhado de livros empilhados, e você que se virasse.

O título do livro me interessou, mas a capa não e a mocinha da livraria (era Círculo do Livro) logo me persuadiu, "é livro de adulto, de adulto inteligente." Deixei o livro para lá. Apesar de me achar muuito inteligente aos oito anos; sabia que não era adulta. Minha mãe me lembrava disso a toda hora.

Naquele dia comprei "Romeu e Julieta" e um livro da Agatha Christie, acho que era o "Mistério do Trem Azul", ou algo assim.

Lá pelos catorze anos foi que ouvi o adjetivo "maquiavélico". Foi usado pelo meu pai, numa discussão política (comigo!). E meu pai, do alto dos meus catorze anos, era um adulto muito, muito inteligente. (E é.)

Como nunca concordamos politicamente, meu pai e eu, quando perguntei o que era "maquiavélico", ele me disse: "Não é você a que sabe tudo? Vá ler "O Príncipe".

O livro então se tornou algo fantástico e fantasioso para mim. Pelo que entendi da conversa, "maquiavélico" era alguma coisa monstruosa, feia e cheia de segredos.
E príncipe era príncipe.
Como se diz no interior, não orna.

Comecei a imaginar um príncipe que não era encantado - aos catorze anos acho que os príncipes não são mais encantados - mas "maquiavélicos"? Queria porque queria ler "O Príncipe". E minha mãe comprou!

Você consegue imaginar uma criança lendo Maquiavel? Pois eu li. E não entendi absolutamente nada. Foi uma frustração...

Corri de novo ao meu pai, que me veio com uma conversa de os fins justificarem os meios, um negócio que não entendi muito bem (mas fingi que entendi).

Só fui reler "O Príncipe", na faculdade de Direito e confesso que ainda ficou um gosto amargo e com várias passagens ainda indecifráveis.

Pelo menos sei que os fins nunca justificam os meios e que nem Maquiavel quis dizer exatamente isso.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A internet...

Mal sei utilizar as ferramentas do meu blog, mas continuo insistindo...
Agora; essa internet é coisa de louco!
Abrir e-mail eu sei. (apesar de minha conta ser hotmail e os caras resolverem mudar a MINHA configuração sem consulta prévia e em caráter irrevogável)
E me aparece cada coisa.
Esses dias me mandaram um e-mail de autoria da Marília Gabriela.
No texto ela detonava a Dilma.

Independente de posição ideológica, li o e-mail e cá com meus botões, pensei: "A Marília não faria isso".
Não que seja sua grande fã, mas os ataques eram gratuitos e deselegantes, o texto não tinha estilo, era um apanhado de frases feitas, de ideias que circulam livremente pela web, uma coisa sem pé nem cabeça.
E como eu sou muito chata e sempre procuro a fonte; joguei no google.
Estava lá, "Marília Gabriela desmente a autoria de texto em que ataca Dilma".

Está bem puta a Marília.
E com razão.
Ameaça processar os divulgadores do tal texto.
O problema é que alguns incautos caem na armadilha e repassam, sem pensar, apenas por concordar com o conteúdo, sendo a autoria mais do que incerta.

Que o digam Luis Fernando Veríssimo e Arnaldo Jabor, que são intitulados autores dos textos mais esdrúxulos que circulam pela internet.
Ou o Veríssimo agora escreve auto-ajuda?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Tudo novo de novo

Cheguei muitas vezes a chamar a mim mesmo de guerreira.
Hoje (talvez influenciados por mim), outros também me chamam.
E eis que a Fenix novavente aparece (irá renascer?).
Tudo novo de novo.
Cidade nova, trabalho novo, expectativas enormes e desafios monstruosos a vencer.
Posso?