sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Pé de Pano.

Uma amiga, ainda em São Paulo, foi surpreendida com uma ninhada de gatinhos em sua porta.
Deu abrigo e procurou por possíveis lares.
Pedi para ficar com uma gatinha.
Depois da mamadeira, a gatinha chegou.
Com ela veio um irmãozinho que ainda não tinha onde ficar e ia passar um tempo conosco até encontrar um "onde ir" carinhoso.
Ele, o gatinho, chegou em casa e logo arrumou um nome: Pé de Pano.
Com a gatinha o negócio do nome empacou. Ela ia ficar e na vizinhança a gataiada tinha nome de respeito.
Karl Marx, Cleópatra, Freud, Che (esse era de uma simpatia...)
Tinha até um Michel Foucault! E um Mao!
Minha gata precisava de um nome forte, para se impor frente a tantos.
Os dias foram se passando e nada de um nome.
Enquanto isso o Pé de Pano, como que sabendo que iria embora, foi se achegando, aconchegando, se fazendo presente e amado.
Claro que ele não se foi, assim como o nome, ficou.
E a até então tímida Beatriz, ganhou o nome da eterna procura de Dante na Divina Comédia. Nome lindo.

Pois bem, sempre que me perguntam o nome dos meus gatos, sempre, sem exceção, querem saber o porque de "Pé de Pano".
Até ontem.
Ontem recebi a visita da Julinha, 5 anos, amiga da minha filha.
Quando perguntou o nome do gato e eu respondi: Pé de Pano, ela fez uma carinha de sabida e me perguntou:
- Pé de Pano? Igual ao cavalo do Pica-Pau?
Ufa!
Aê Pé de Pano, encontramos alguém que fala e entende a nossa língua.
Definitivamente, precisamos conversar mais com a Julinha.

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